O que podemos aprender com Raquel e Lia

Olá, pessoal! Tudo certo? Enquanto eu pensava em algo pra dizer pra vocês hoje, me lembrei de uma história bíblica que sempre me intrigou. A história das irmãs Raquel e Lia. 

Tudo começa quando Jacó se apaixona por Raquel e trabalha sete anos para conseguir se casar com ela. Até aí tudo bem, o problema só começa quando Labão, o pai da garota, decide que Lia, por ser mais velha, deveria se casar primeiro e a entrega a Jacó, no lugar de Raquel. 

Mas Jacó não ama Lia. Ele ama Raquel. Por isso, resolve que deve sim trabalhar mais sete anos pela mão da filha mais nova de Labão. Assim, ali estão as duas irmãs, casadas com o mesmo homem. Uma amada, outra rejeitada. 

Dando uma primeira olhada, tudo parece extremamente injusto com Lia. Jacó havia trabalhado quatorze anos por amor a Raquel. Por que Lia não poderia encontrar alguém que a amasse da mesma forma? Por que ela precisava passar a vida presa a indiferença do marido e a rivalidade com a irmã? Parece até um pouco cruel. 

Mas isso só até nos lembrarmos de uma coisa: Deus não é cruel e muito menos injusto. Ele jamais deixaria Lia desamparada e sem consolo algum. Por isso, podemos avançar um pouco mais nessa história.

Depois do casamento, geralmente chegam os filhos! Pra Lia, isso não era problema. A chegada dos filhos foi um consolo pra Lia. A esperança de que talvez Jacó ainda viesse a amá-la, a alegria de ter uma criança e o lembrete de que Deus não havia se esquecido dela. 

Raquel poderia ser a mais bonita, a mais amável, mas Deus também via isso em Lia. Talvez, Jacó jamais fosse capaz de amá-la, mas Deus a amava incondicionalmente e se compadeceu dela. 

Mas isso também não significa que Raquel foi deixada de lado. Raquel era estéril. Não poderia ter filhos e sofreu com isso durante muito tempo. E como sabemos, Deus não gosta de ver o sofrimento dos seus. Por isso, também teve misericórdia de Raquel e deu à ela filhos. 

Você percebe o que isso significa? Muitas vezes, nos sentimos como Lia. Sentimos que não somos amadas ou queridas, mas se prestarmos mais atenção, percebemos que todos os dias recebemos o maior amor. O amor de Deus. O amor que mais importa. 

E outras vezes, nos vemos como Raquel. Sentimos que fomos abandonadas pelo Senhor e que Ele não pode ver nosso sofrimento. Passamos a acreditar que, mesmo tendo tanto, não temos nada. E isso pelo vazio do silêncio, por não ouvirmos uma resposta de Deus. Então devemos lembrar que o Senhor não se esquece de nós ou nos desampara. Ele se faz presente e faz por nós o que é melhor, no melhor tempo. 

E é isso o que podemos aprender com essas duas mulheres tão diferentes, que viveram há tantos anos, mas que ainda tem muito a nos ensinar. 

Um beijo grande e um ótimo fim de semana pra vocês ;)